sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal


“É esta fé que você precisa desenvolver, que se o Divino existe e o chamou para o Caminho, então deve haver uma Guiança divina atrás, e através e apesar de todas as dificuldades você chegará. Não ouvir vozes hostis que sugerem fracasso ou as vozes da impaciência, não acreditar que porque dificuldades estão aí não pode haver sucesso, pois uma vez que um homem tenha esta fé no Divino ele está marcado para o êxito na vida espiritual”
Presente de um amigo

25 de dezembro é apenas o dia do nascimento de um grande guia espiritual. Não é toda essa complicação que a gente faz, cheia de obrigações, pressa, estresse, futilidades com uma pequena dose de hipocrisia.
Lembrando do seu nascimento e da sua vida, deveríamos apenas nos inspirar e gerar motivação para fazer TODOS OS DIAS o que a aura dessa época do ano nos traz: confraternizar, compadecer, olhar de outra forma que nos permita sentir e perceber as nuances do mundo e dos outros.
E com isso tudo deixar brotar uma grande alegria por estar vivo, por ser um veículo da luz e por ter a oportunidade de ter infinitas possibilidades de fazer nosso melhor.
Eu desejo muita fé e lucidez nesse dia, a ponto de sairmos da superficialidade e mergulharmos no Divino que há em nós e no outro.

Hoje o Sol entra em Capricórnio. Hoje é solstício de Verão. E eu, mística e um pouco cética, reverencio toda essa energia que está no ar e todas as possibilidades que estão por vir.
Por hoje agradeço o pão, o trabalho, o amor, a dor e a falta, pois tudo isso me faz muito feliz.


Namastê

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Dias de fúria


Um instinto primitivo se acende por aqui. Muitas vezes pega fogo. No mais impulsiona, agita.
Um grito primal. Dias de fúria, preciso ter cuidado. Me sinto mais inteira por trazer de volta essa energia que eu tentava reprimir e negar há algum tempo. Mas há sinal de perigo...
É delicado canalizar a fúria pois é uma arte domar esse cavalo selvagem. Eu me sinto mais selvagem do que nunca, sem rédeas.
É livre, mas pode parecer agressivo. É integro, mas pode ficar egoísta.
Depois de 29 batalhas, 29 pedras, 29 golpes, a guerreira quer descansar. Só descansar. Respirar o ar fresco, sentir o vento, deitar no mato. Acender fogueira e contemplar o campo de batalha. Mas isso não quer dizer que eu não vá sair galopando de novo...
Essa sensação é muito forte hoje. Muitas mortes, muitas cicatrizes mas eu não sinto dor. Nem tampouco indiferença.
Eu sinto cansaço.
Depois de limpar o sangue, vem o renascimento. Preciso repousar para recebê-lo. Quero estar tranquila com a sua chegada.

Por esses dias, preciso contemplar.